"Contos de Amores Vãos" é a coletânea de vinte narrativas que versam sobre a incompletude dos relacionamentos e a frustração que isso acarreta. Cada um dos textos utiliza uma técnica ou uma forma diferenciada dos demais, o que torna a obra ousada do ponto de vista formal. A obra foi contemplada via Lic Federal, por meio da Lei Rouanet, e tem o patrocínio das empresas Randon e Marcopolo.

CAIXA DE PESQUISA

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Análise ainda precoce...

          Ainda não dá pra saber se "Contos de Amores Vãos" terá vida longa, se é um livro que vai "ficar". A julgar pelo lançamento, pode-se dizer que tem tudo para que isto aconteça. Foi uma das melhores sessões de autógrafos que Caxias do Sul já viu. Foram mais de 250 exemplares assinados no Aristos naquela noite de 11 de maio. Isso fora meus outros títulos, que acabaram sendo vendidos na esteira.
          A crítica também tem sido pródiga em comentários. Paviani, Assis Brasil, Valesca de Assis, Scliar e tantos outros o elogiaram publicamente. Marilene Pieruccini e Ângela Broilo, ambas da Academia Caxiense de Letras, o colocam entre os melhores livros já publicados na região em todos os tempos.
          Escolas já o incluem em suas lista para 2012, como leitura complementar obrigatória. Até convite da Universidade de Caxias do Sul já houve, para falar com alunos no próximo ano letivo.
          Uma proposta ousada. Um jeito diferente de fazer literatura.
          Vamos ver no que dá.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sobre

Histórias curtas, escritas e narradas de modo surpreendente, que têm o mérito, nesses tempos de velocidades, de ser uma modalidade de conquistar o leitor. Bergamin domina a trama, os diálogos e, assim, expressa o sentido dos relacionamentos humanos com força, às vezes, com sofisticação, outras tantas, de modo direto, sem estratégias intermediárias. O leitor pode lê-los um a um e depois parar, se conseguir, pois, ao concluir a leitura de um surge a vontade de ler outro. A linguagem é despojada, procura criar estranheza, essa difícil arte de ser original. Os títulos inventam. O texto inova.
Jayme Paviani
professor, escritor e filósofo

Uili irrompe no mundo literário com a espada em riste, derramando doses cavalares de estilo, realidade, precisão analítico-psicológica e algumas pitadas de humor. Um misto de volúpia e ira que vai destrinchando as relações contemporâneas, deixando à mostra as úlceras dos amores que poderiam ter sido e não foram. Sua prosa é afiada e corta. É tão tóxica quanto o despeito que move seus narradores.
Mas a temática que embasa o texto é apenas uma das estocadas do autor. A forma usada por ele para construir este panorama literário é absolutamente assombrosa. Cada um dos vinte contos vem embalado de uma maneira diferente, inovando sempre, criando novos jeitos de narrar, de contar histórias. O domínio de Uili sobre a palavra só é comparável aos dos grandes mestres; ele faz o que quer com ela, anula a pontuação, inverte a sintaxe, cria neologismos. Conhece perfeitamente a regra, só para demoli-la.

Leandro Angonese
poeta

Em suas narrativas poéticas, Uili Bergamin assalta o espírito do leitor. Arranca-lhe as roupas e obriga-o a voltar para casa nu, completamente arrasado. Surpreendentemente nesse momento se desenvolve uma espécie de síndrome de Estocolmo. A vítima/leitor passa a amar o algoz/escritor, por ele lhe guiar, com seu sussurro sedutor, de um conto para o outro, da morte para o renascimento, só para matá-lo outra vez.

Ana Denise da Rosa
graduada em letras