"Contos de Amores Vãos" é a coletânea de vinte narrativas que versam sobre a incompletude dos relacionamentos e a frustração que isso acarreta. Cada um dos textos utiliza uma técnica ou uma forma diferenciada dos demais, o que torna a obra ousada do ponto de vista formal. A obra foi contemplada via Lic Federal, por meio da Lei Rouanet, e tem o patrocínio das empresas Randon e Marcopolo.

CAIXA DE PESQUISA

quinta-feira, 26 de maio de 2011

NOVA ÓTICA

Prezado Uili!
Teu último livro é um cadinho. Misturas, com arte e sensibilidade, às vezes onírica, por vezes cruel, sonhos e concretudes, desde a a gênese até o último conto, a tal ponto que o leitor se vê levado (ou  deveria dizer enlevado? ) das primeiras às últimas páginas.
Consegues  apresentar temas já tão debatidos, dissecados, submetidos a exames, pode-se dizer, por minuciosos, laboratoriais, sob ótica nova. Personagens, acontecimentos e ambientes nos prendem, amarram e tiram o fôlego, na expectativa de um desfecho- surpreendente. E ele vem, chocando, arrasando. Além disso, fazes com que o leitor  tente descobrir em si mesmo sementes do que poderia vir a ser, se submetido a tais circunstâncias insólitas... Tira-o do marasmo diário e impulsiona-o a ler mais e mais.

Ana Vera Boff
Escritora

HEMATOMAS

Na semana passada saí da caverna e fui ao lançamento de um livro de contos, num bar daqui de Caxias do Sul. O escritor se chama Uili Bergamin, ele é tão bom que tem até nome de escritor. Não estou acostumado a esse tipo de evento, mas fui. Ali estava o autor, gravata e colete, simpático e sorridente, distribuía abraços, beijos, e se postava ao lado das pessoas para fotos. Parecia bem comportado como um bancário. Comprei um livro Contos de Amores Vãos, ele autografou. Sábado resolvi ler o livro. Esperava algo como... , nem sei bem o quê, mas muito menos do que é realmente o livro. Acho que esperava algo melado, aí que o livro me pegou. O texto vai dando ligeiras agulhadas no leitor, que quando percebe está todo cheio de hematomas pelo corpo. Eu que escrevo distribuindo porradas, não tinha defesa para escrita tão aguda e ferina como a de Uili Bergamin. A sutileza da escrita de Uili me deixou perplexo, não só da escrita como dele próprio: todos aqueles sorrisos, cara de bonzinho, mas o que ele escreve corrói até o metal mais duro. Acho que a aparência dele era blefe. Pura malandragem refinada. Li o livro e imediatamente o reli, são apenas cento e poucas páginas, fiquei com aquela sensação da pessoa que é roubada sem sentir e ainda sorri ingenuamente ao ladrão que lhe diz 'tenha um bom dia'. Agora estou curioso para ler os outros livros dele. É um nome a ser guardado. Um jovem escritor a ser lido sem medo de se decepcionar.

José Otavio Carlomagno

Escritor

domingo, 22 de maio de 2011

Freud explica

          É interessante  como consegues prender a atenção do leitor, apesar de algumas narrativas serem codificadas.  Mas apesar da complexidade de alguns textos consegui traduzi-los assim: estes  nos relatam  o vazio das relações em tempos "modernos". O mundo, o ser humano em suas relações desgastadas, vivem no faz-de-conta,  entre mentiras e vão tocando  suas vidas, pois é preciso viver.  Consegues colocar nos teus textos, transpondo do fictício ao real, a hipocrisia que prevalece em algumas relações, as crises existenciais, os desgastes da vida cotidiana. A diferença é que nós, meros mortais, sabemos de tudo isso inconscientemente, e tu dás vida e voz a estes nossos sentimentos.
          O mágico nos teus contos é  que conduzes os personagens nos momentos de  vazio, de angústia, de dor, de tristeza e solidão, talvez pela sensibilidade que te é peculiar deixa-os seguir a trajétoria  até o fim, mas nunca os deixa sozinhos, pelo contrário, és a fonte de apoio deles.
           Faço  uma leitura se os personagens  tem  a solidariedade ou apoio  do escritor nestes momentos de caminhada, de sofrimento. Ainda temos  esperança, ainda podemos acreditar no universo das relações humanas e quem sabe termos a sensibilidade de avaliar nossas vidas e crescermos.
          Adoro o conto "O sinal", me identifiquei. Adoro vários deles.

          "Nada , ninguém lugar nenhum". Meu Deus! Magnífico conto Uili, parece que vejo o personagem na rua admirando a beleza da moça, parece real não é?
          "O amor comeu meu nome" é esplêndido. "Insuportados ou segredos do amor poético"... De onde vens poeta... com tanta propriedade para escrever... Não tem como não se encantar com o que escreves.  És enigmático, complexo e dotado de muita sabedoria e inteligência.

Heloísa Duarte
psicóloga

sábado, 21 de maio de 2011

O livro é muito forte...

          Esperei tanto  por este livro. A curiosidade aumentava a cada nova notícia antes de sua publicação. Fui ao lançamento e a quantidade de pessoas que estavam lá só comprovavam minha curiosidade e ansiedade pelo "Contos de Amores Vãos". Estávamos todos no mesmo barco, na mesma expectativa.
           Ler ou ouvir que a temática do livro gira em torno de amores vazios, que poderiam ter sido mas não foram, é muito pouco para saber sobre o livro. Precisa mesmo é lê-lo inteirinho. Quando virei a última página tive certeza disso. Me emocionei em várias passagens, porque me identifiquei com as situações, e em outras porque me arrepiei com a perfeita química das palavras.
          E ainda tem a 'T.' Quem poderia imaginar esse mistério?
          Uma relação tão completa e tão vã.
          Da mesma maneira que o autor se questiona se a 'T.' existe, acredito que também nos questionamos quando um relacionamento está acontecendo e, de repente... será que foi tudo fantasia?

Cristina Moschen
estudante da UCS

terça-feira, 17 de maio de 2011

Hoje tem lançamento...

Hoje lanço minha obra em Bento Gonçalves, às 17h45min, no café da 26ªFeira do Livro da cidade. Eu, como bento-gonçalvense, espero rever meus ex-colegas, ex-professores e muitos amigos!
Amanhã palestro em duas escolas, depois retorno para Caxias.
Até daqui a pouco!

Comentário

O lançamento foi ótimo! A participação do coral foi linda... Parabéns pelo sucesso; o salão lotado é um grande reconhecimento - ah, e da próxima vez, vou ao evento de sapato sem salto, porque já estou vendo que vou ficar na fila de autógrafos por mais de uma hora de novo.. rsrsrs.
Iniciei a leitura do "Contos de Amores Vãos". Que história essa da T.? Daria um filme... Essa mulher misteriosa instiga ainda mais a leitura. Vocês possuem muito em comum, fica explícito na escrita. Será que ao final do livro também me questionarei se T. é invenção sua?
Beijos
Karen Basso
ilustradora

domingo, 15 de maio de 2011

Lançamento Cotiporã

Ontem estive lançando o livro em Cotiporã durante a 5ª Fest in Vêneto, cidade que considero meu berço. Foi muito bom rever amigos, ex-colegas e ex-professores.
Quem disse que nunca somos reconhecidos em nossa própria terra?

Depoimento

Que surpreendente enigma, você é, Uili Bergamin! Ao finalizar a leitura do seu livro, me sinto decodificada... O que você é? Do que você é feito? A maneira que escreve os seus contos me dá a nítida impressão que já esteve em todas as mentes e em todos os lugares...
Seria uma lástima se você não tivesse essa paixão por transpor os pensamentos para o papel... o mundo estaria perdendo!
Eu imaginei que o "Contos de Amores Vãos" reservava grandes emoções, mas confesso que foi além das minhas expectativas. Em especial, dois contos: "Nada, ninguém, lugar nenhum" e "O amor comeu me nome".
Você tem um dom maravilhoso!
Obrigada por conseguir traduzir o que leigas, como eu, em palavras não conseguem.

Michelle Richter
estudante da FSG

sábado, 14 de maio de 2011

Nasceu

Enfim, ocorreu, na chuvosa noite de quarta-feira, o lançamento de CONTOS DE AMORES VÃOS. Mesmo o mau tempo não assustou o grande número de pessoas que estiveram no Aristos. Foi muito bom rever amigos, ver todos conversando alegres, muito à vontade.
Um obrigado especial a todos que se fizeram presentes na noite.
Agora estamos partindo para Cotiporã, onde às 14h30min, na Fest in Veneto, lançarei o livro. Espero rever muitos amigos também lá!
Grande abraço.

terça-feira, 10 de maio de 2011

NASCIMENTO DE AMORES VÃOS

É amanhã, 11 de maio, o nascimento do predileto e mais aguardado dos meus livros:
Contos de Amores Vãos.
Haverá coquetel de lançamento às 19h30min, no Aristos London House, Clube Juvenil,
mas pemanecerei lá até às 24h, aguardando meus convidados mais atrasadinhos.
Cibele Tedesco e alguns membros do Coral estarão fazendo intervenções durante a
sessão de autógrafos, enquanto bebemos espumante, vinho e degustamos alguns petiscos.
O livro estará à venda no local por R$25,00 assim como todos os meus outros filhos-títulos.
Será uma grande festa.
Espero todos lá.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A mala ainda não estava cheia

Ia embora. Sobre a cama, quase tudo pronto. Dizia-se farta do relacionamento. Farta de paixões e de homens. Mas eu via, em seu olhar, no modo como ajeitava a roupa, que ainda havia espaço.
Amá-la, ainda não estava cheia.

Preocupação

Há cinco anos conheci uma mulher. Bem, "conhecer" talvez seja um exagero. Passamos a nos corresponder com a publicação de meu primeiro livro. Nunca a vi pessoalmente. Nem seu nome sei. Ela apenas assinava "T." O certo é que, durante essa troca, mostrou-me o vácuo que todo relacionamento possui, por mais completo que possa enganar, por mais aculturados que sejam os envolvidos.
Escrevia e sumia. Respondia com muito atraso. Ficou um ano sem dar notícias. Depois assaltou minha tela, ávida como nunca, leu alguns desses contos e escreveu a orelha do livro. Agora, são quase três anos sem saber dela. Estou preocupado.
(...)
Como aconteceu antes, espero que esta publicação traga "T." de volta. Quem sabe possamos nos conhecer de verdade. Ou não.
O certo é que continuo preocupado.


domingo, 8 de maio de 2011

Petisco...

Este é um livro oco: o conteúdo dele está em ti, ou nem. Aqui vão contos vãos, que correspondem ao vazio das relações modernas; a natureza fugaz de amores que poderiam ter sido e não foram. Escritos que deslindam a banalidade de nossos sentimentos, nossa covardia em assumi-los e a inevitável conquista da infelicidade.

Dedicatória

Dedico este livro a alguém que nem SEI SE EXISTE. Mulher que pode ser apenas INVENÇÃO minha, mas quem me fez enxergar o "VÃO" DE TODOS OS AMORES.

domingo, 1 de maio de 2011

Corolário

Os amores que prosperam são bons para a vida real, não para a literatura.

Por Luiz Antonio de Assis Brasil

Uili Bergamin é uma legítima vocação de escritor. Sua narrativa possui todas as boas qualidades que se esperam da ficção. Há, nela, sentimento humano à flor da pele. Há consciência da tradição literária. Há eficiência textual. Jovem e laborioso como é, prevejo-lhe uma carreira de sucesso.

Por Moacyr Scliar

Gostei muito do texto de Uili Bergamin. Ele narra bem, prende a atenção do leitor com suas histórias, seus diálogos são bem estruturados. Quem tem talento, como Uili, consegue seu espaço.   

Por Valesca de Assis

Uili retoma, com voz muito pessoal, os vazios humanos e os destinos quebrados - que um gesto ou palavra trariam de volta ao curso. Ele não faz esse gesto e não pronuncia a palavra mágica: os personagens têm seu próprio e inexorável caminho. Aí dá-lhes a mão, solidário e sensível, acompanhando-os até o mais trágico dos finais. Como deve fazer um escritor de verdade.

CONVITE