"Contos de Amores Vãos" é a coletânea de vinte narrativas que versam sobre a incompletude dos relacionamentos e a frustração que isso acarreta. Cada um dos textos utiliza uma técnica ou uma forma diferenciada dos demais, o que torna a obra ousada do ponto de vista formal. A obra foi contemplada via Lic Federal, por meio da Lei Rouanet, e tem o patrocínio das empresas Randon e Marcopolo.

CAIXA DE PESQUISA

domingo, 26 de junho de 2011

afetos ou a mãe de nós mesmos

É  muito importante o  lugar que a mãe ocupa na vida bebê, pois ela é a principal  responsável pela formação da identidade dos filhos que gerará.  A comunicação inicia-se na barriga, quando ainda somos fetos.  Mas o papel do pai também é  muito importante, pois ele tem a lei fálica. É ele quem dará início a castração. É aonde a criança receberá o corte, é neste momento que vamos introjetar que não podemos tudo, somos sujeitos faltantes ou seja, não podemos tudo. Esta introdução  é para poder entrar no teu conto e quero parabenizá-lo e dizer-te que  é sensacional, difícil, complexo, inteligente como  todos os textos produzidos por ti.  Então teu conto fala na sua essência  que não há o desejo desta mãe por este filho, não há amorosidade,  por isso não há afeto,  e a criança  percebe e  sente isso na barriga - o desafeto, o desamor, a morte, e fica dependente desta mãe que traçará seu destino possibilitando a vida ou a morte. A criança assim  poderá ou não dar sequência a vidas futuras ou a transmissão de valores de gerações a gerações, poderá ou não reproduzir o que será repassado por está mãe e outros  afetos ou desafetos parentais. Por isso somos os arquétipos formadores e responsáveis pela formação de gigantes ou destruir pequenos.
Em relação ao conto ainda, a forma que a narrativa está descrita, sem pontuação, desalinhada propositalmente pelo autor,  nos faz pensar e viajar nas mais variadas interpretação sobre a complexidade que é a vida humana.
Ótimo conto Uili, parabéns.

Nádia Duarte
psicóloga

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