"Contos de Amores Vãos" é a coletânea de vinte narrativas que versam sobre a incompletude dos relacionamentos e a frustração que isso acarreta. Cada um dos textos utiliza uma técnica ou uma forma diferenciada dos demais, o que torna a obra ousada do ponto de vista formal. A obra foi contemplada via Lic Federal, por meio da Lei Rouanet, e tem o patrocínio das empresas Randon e Marcopolo.

CAIXA DE PESQUISA

sábado, 18 de maio de 2013

Cuba


No final do mês de abril estive em Cuba. 
A singular ilha socialista nos proporcionou momentos inesquecíveis, 
como o crepúsculo abaixo, de tirar o fôlego.
   Uns dias de descanso em Varadero, 
considerada uma das mais belas praias do Caribe.
 O passeio de Catamarã foi molhado e emocionante.
 Dois Quixotes e um Rocinante.
 Plaza de La Revolución, com Che ao fundo. 
 Os sinos do campanário.
Livros usados, em Habana Vieja. 
Grande experiência.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Livro do Mês



 Entrevista ao programa "Outras Palavras" da UPFTV, sobre o Livro do Mês de abril, 
"Contos De Amores Vãos".

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Ainda sobre os vãos

Dia desses pediram minha apreciação sobre “Contos de Amores Vãos”, de Uili Bergamin, e eu não respondi, fui evasiva. Como poderia responder assim, tão simples e prontamente, sobre algo tão profundo e complexo, como quem dá sua impressão a respeito de um objeto qualquer?
Tudo o que esse rapaz já escreveu é belo! Seu dizer é único no universo que conheço. Mas o “Contos de Amores” foi esculpido com mais esmero; é uma seleção cuidadosa de retratos humanos muito bem contados. É natural que o que já era ótimo fique melhor com o tempo e o conhecimento.
A dignidade que percebi em sua postura e em seu rosto, por ocasião do lançamento e no material publicado na imprensa, percebo também na obra.  Um olhar para além do que está em volta, uma expressão de quem sonda o momento e capta os sinais; um certo domínio do humano e de si. Um quê de serenidade, outro quê de humildade.
Na minha pequenez, digo que em “Contos...” os pensamentos de Uili dançam, fazem cirandas, enlaçam, soltam, voltam a pegar, fazem alegorias, revelam, desvelam, sussurram segredos e mistérios. A coreografia encanta.
Isso significa que o autor conhece bem as paragens e paisagens humanas. O modo lírico, poético e transcendente de dizer resgata do animal o divino do homem.
Amo “Contos de Amores Vãos”, assim como amo seus livros anteriores, mas reconheço a beleza viva e dolorosa desse último trabalho.
Parabéns, Uili! Sei o quanto de suor e sacrifício, renúncia e empenho há no teu fazer. Imagino como deve ser possuir o corpo como instrumento do dom e do talento.
Para ti, minha admiração e minha gratidão por me dares importância.



Maria Helena Brambila
Professora 

domingo, 12 de maio de 2013

Aniversário

Ontem, 11 de maio, meus 
"Contos de Amores Vãos" completaram 
2 aninhos de vida. E já me deram 
muitas alegrias.
A 1ª edição da obra está esgotada. 
Vamos para a 2ª. Que venham  muitas.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Convite


A Associação dos Amigos da Casa da Cultura, em parceria com o Departamento do Livro e da Leitura, convidam para a palestra sobre a obra "Contos de Amores Vãos", do escritor Uili Bergamin, eleita "Livro do Mês" em abril na Capital Nacional da Literatura, Passo Fundo. O evento fez parte dos preparativos para a Jornada Literária, um dos maiores eventos do gênero na América Latina. "Contos de Amores Vãos" também foi responsável pelo título de "Destaque Literário 2012", concedido ao autor pela ACL - Academia Caxiense de Letras.

Sinopse: "Contos de Amores Vãos" é a compilação de 20 histórias de amores que poderiam ter sido e não foram, cada uma delas apresentada ao leitor com um formato ou técnica narrativa diferente. O vão dos relacionamentos contemporâneos é o ângulo sobre o qual o autor se debruça para contruir seu panorama literário. Como diz o próprio autor, em um dos textos: "Os amores que dão certo são bons para a vida, não para a literatura. O que seria das letras sem "Romeu e Julieta", "Tristão e Isolda" e outros tantos?

O encontro com o autor será no dia 08 de maio, às 19h30min, no 3º andar da Biblioteca Pública Municipal Dr. Demetrio Niederauer. A entrada é franca.




domingo, 21 de abril de 2013

Amores de Outono

                                                         Por Ana Denise da Rosa 
O livro Contos de Amores Vãos pode ser considerado um laboratório psicológico, onde se pode estudar os mais diversos sentimentos com requintes absurdos de realidade.
Realidade essa que se torna encantadoramente sedutora e desperta um desejo de autoflagelação. Quanto mais dor, melhor, pois mais intenso será o prazer em sobreviver.
Em suas narrativas poéticas Uili Bergamin assalta o espírito do leitor. Arranca-lhe as roupas e obriga-o a voltar para casa nu, completamente arrasado. Surpreendentemente nesse momento se desenvolve uma espécie de síndrome de Estocolmo. A vítima/leitor passa a amar o algoz/escritor, por ele lhe guiar, com seu sussurro sedutor, de um conto para o outro, da morte para o renascimento, só para matá-lo outra vez.
Mas o que há no vão desses contos? Exatamente o que há no vão de nossas almas. Por isso a leitura desses textos atingirá cada um de uma forma diferente. Só há uma certeza: a leitura será transformadora. Fatal.
Só quem domina a palavra pode destruí-la e reconstruí-la tão habilmente. Conforme a misteriosa T. o denomina, esse estilista da palavra a vira pelo avesso e a transforma nas mais belas criações que vi nos últimos tempos. Até no mais singelo detalhe ele dá o tom da obra: “Publicado no Outubro de 2011”, o Contos de amores vãos revela a natureza outonal e decadente das relações humanas.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

A prosa afiada dos "Contos de Amores Vãos"


                                                           Por Leandro Angonese - Poeta

Não é surpreendente que “Contos de Amores Vãos” tenha a repercussão que teve. Mais surpreendente teria sido se não tivesse. Este quinto título de Uili Bergamin esmaga com mão de ferro o idealismo tolo, qualquer romantismo ultrapassado que tenha resistido a pós-modernidade.
Em um país como o Brasil, onde ainda se procura leituras doces para amenizar as agruras do cotidiano, esta nova coletânea de contos tem tudo para cair como uma bomba. Ele irrompe no mundo literário com a espada em riste, derramando doses cavalares de estilo, realidade, precisão analítico-psicológica e algumas pitadas de humor. Um misto de volúpia e ira que vai destrinchando as relações contemporâneas, deixando à mostra as úlceras dos amores que poderiam ter sido e não foram.
Uili desafia a tendência “água-com-açúcar” e torna essa literatura totalmente risível depois de seus contos. Sua prosa é afiada e corta. É tão tóxica quanto o despeito que move seus narradores.
Mas a temática que embasa o texto é apenas uma das estocadas do autor. A forma usada por ele para construir este panorama literário é absolutamente assombrosa. Cada um dos vinte contos vem embalado de uma maneira diferente, inovando sempre, criando novos jeitos de narrar, de contar histórias. O domínio de Uili sobre a palavra só é comparável aos dos grandes mestres; ele faz o que quer com ela, anula a pontuação, inverte a sintaxe, cria neologismos. Conhece perfeitamente a regra, só para demoli-la.
Versátil, culto e inteligente, Uili ziguezagueia entre a filosofia, o erudito e o coloquial. E, diante de suas ideias, nos obriga a refletir sobre nós mesmos.
Apenas para exemplificar, já que todo o livro é fantástico, o conto “Ester” é obra de gênio. Eu o incluo entre os melhores já produzidos em nosso estado.
Ao virar a última página desse livro, nos deparamos com o vazio, mas saímos preenchidos de ótima literatura.