"Contos de Amores Vãos" é a coletânea de vinte narrativas que versam sobre a incompletude dos relacionamentos e a frustração que isso acarreta. Cada um dos textos utiliza uma técnica ou uma forma diferenciada dos demais, o que torna a obra ousada do ponto de vista formal. A obra foi contemplada via Lic Federal, por meio da Lei Rouanet, e tem o patrocínio das empresas Randon e Marcopolo.

CAIXA DE PESQUISA

domingo, 22 de maio de 2011

Freud explica

          É interessante  como consegues prender a atenção do leitor, apesar de algumas narrativas serem codificadas.  Mas apesar da complexidade de alguns textos consegui traduzi-los assim: estes  nos relatam  o vazio das relações em tempos "modernos". O mundo, o ser humano em suas relações desgastadas, vivem no faz-de-conta,  entre mentiras e vão tocando  suas vidas, pois é preciso viver.  Consegues colocar nos teus textos, transpondo do fictício ao real, a hipocrisia que prevalece em algumas relações, as crises existenciais, os desgastes da vida cotidiana. A diferença é que nós, meros mortais, sabemos de tudo isso inconscientemente, e tu dás vida e voz a estes nossos sentimentos.
          O mágico nos teus contos é  que conduzes os personagens nos momentos de  vazio, de angústia, de dor, de tristeza e solidão, talvez pela sensibilidade que te é peculiar deixa-os seguir a trajétoria  até o fim, mas nunca os deixa sozinhos, pelo contrário, és a fonte de apoio deles.
           Faço  uma leitura se os personagens  tem  a solidariedade ou apoio  do escritor nestes momentos de caminhada, de sofrimento. Ainda temos  esperança, ainda podemos acreditar no universo das relações humanas e quem sabe termos a sensibilidade de avaliar nossas vidas e crescermos.
          Adoro o conto "O sinal", me identifiquei. Adoro vários deles.

          "Nada , ninguém lugar nenhum". Meu Deus! Magnífico conto Uili, parece que vejo o personagem na rua admirando a beleza da moça, parece real não é?
          "O amor comeu meu nome" é esplêndido. "Insuportados ou segredos do amor poético"... De onde vens poeta... com tanta propriedade para escrever... Não tem como não se encantar com o que escreves.  És enigmático, complexo e dotado de muita sabedoria e inteligência.

Heloísa Duarte
psicóloga

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