Há cinco anos conheci uma mulher. Bem, "conhecer" talvez seja um exagero. Passamos a nos corresponder com a publicação de meu primeiro livro. Nunca a vi pessoalmente. Nem seu nome sei. Ela apenas assinava "T." O certo é que, durante essa troca, mostrou-me o vácuo que todo relacionamento possui, por mais completo que possa enganar, por mais aculturados que sejam os envolvidos.
Escrevia e sumia. Respondia com muito atraso. Ficou um ano sem dar notícias. Depois assaltou minha tela, ávida como nunca, leu alguns desses contos e escreveu a orelha do livro. Agora, são quase três anos sem saber dela. Estou preocupado.
(...)
Como aconteceu antes, espero que esta publicação traga "T." de volta. Quem sabe possamos nos conhecer de verdade. Ou não.
O certo é que continuo preocupado.
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